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“Possível fraude” praticada por três agentes autônomos de investimentos no RS

Após dois meses de investigação, a Polícia Federal deflagrou ontem operação para reprimir “possível fraude” praticada por três agentes autônomos de investimentos no Rio Grande do Sul. Segundo o delegado Sérgio Busato, eles faziam gestão de carteiras sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e há indícios de que pelo menos sete pessoas teriam perdido R$ 2,5 milhões.

Busato explicou que as denúncias indicam que as irregularidades ocorreram em 2011 e 2012 e consistiam na realização de sucessivas operações de compra e venda de ações, “incompatíveis com o perfil conservador” dos clientes, apenas para gerar taxa de corretagem. Os agentes autônomos também são investigados por possível desvio de recursos dos investidores e indução ao erro, pois repassariam informações falsas sobre rendimentos e o saldo das aplicações.

Os nomes dos investigados não foram divulgados, mas o Valor apurou que os agentes suspeitos são a DF Trade, de Porto Alegre, e a Price Investimentos, de Passo Fundo. Segundo o cadastro da CVM, os sócios da DF são Fabiano Manoel Teixeira e Desirre Bittencourt Pacheco, e o responsável pela Price é Alexandre Olmiro Teixeira.

Valor ligou para as duas empresas, mas ninguém atendeu às chamadas. No caso da Price, uma gravação informou que o número disponibilizado no site do agente “não existe”. A reportagem também enviou e-mails para os endereços indicados no cadastro da CVM, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Segundo o delegado da PF, não há informações de que as corretoras às quais os agentes eram vinculados tivessem participação no esquema. No cadastro da CVM a Price aparece atualmente vinculada à SLW, mas o presidente da corretora, Antônio Milano, explicou que manteve contrato com o agente por apenas dois meses, até março deste ano. Já a DF aparece, na CVM, vinculada à Planner, mas a corretora informou por meio de nota que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre o assunto e “portanto não tem nada a declarar”.

A operação da PF incluiu o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em um escritório e três residências em Porto Alegre, Gravataí e Santa Maria para recolher provas e documentos e apurar se mais investidores foram lesados. A Justiça Federal não aceitou o pedido de prisão preventiva dos acusados, mas determinou o sequestro de três residências de alto padrão e a apreensão de três carros de luxo que servirão para garantir eventual restituição das perdas.

Segundo a PF, uma das vítimas investiu R$ 606 mil e perdeu 60% do valor em 15 meses, mas pagou R$ 141 mil em taxas, emolumentos e corretagem. Somente em nome deste investidor foram realizadas 1,2 mil operações na BM&FBovespa, com movimentação acumulada de R$ 26,5 milhões.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.